sexta-feira, 12 de junho de 2009

OIT: mulher ainda está longe da igualdade profissionaL

A dificuldade de conciliação entre trabalho e família é uma das principais causas da desigualdade profissional entre homens e mulheres. Essa é uma das conclusões a que chegou o estudo divulgado nesta quinta-feira (11) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em Genebra, na Suíça.

"As tensões entre trabalho e família estão gerando altos custos para as mulheres, para as pessoas que requerem cuidados e também para o crescimento econômico dos países, o bom funcionamento do mercado de trabalho e a produtividade das empresas", diz a OIT.

Elaborado em conjunto com a Secretaria Especial de Política para as Mulheres, o relatório O Desafio do Equilíbrio entre Trabalho, Família e Vida Pessoal revela que, apesar das conquistas dos últimos anos, ainda está longe do ideal, em relação aos homens, a condição feminina no mercado do trabalho.

O estudo considera que ainda é muito lenta a desvinculação do trabalho doméstico do sexo feminino. "O modelo homem-provedor e mulher-cuidadora ainda vigente permite que a mulher continue arcando de forma unilateral, quando não exclusiva, com as atividades de cuidado e assistência aos membros da família, e seu engajamento no mercado de trabalho permanece marcado por esse papel", destaca trecho do relatório, que englobou as relações de trabalho na América Latina e no Caribe, onde 100 milhões de mulheres compõem o marcado de trabalho.

A OIT considera um avanço o fato de que "53% das mulheres da América Latina e do Caribe estão incorporadas atualmente ao mercado de trabalho, uma proporção que chega a 70% se forem consideradas as mulheres entre 20 e 40 anos".

O estudo sugere que, para minimizar os prejuízos causados pela relação entre trabalho e vida doméstica, políticas públicas devem ser implementadas para as mulheres, com a construção de creches, pré-escolas e centros de atendimento à mulher. Também são propostos modelos de gestão profissional que promovam a compatibilização entre a vida no mercado de trabalho, a familiar e a pessoal, de maneira que a capacidade produtiva das mulheres seja reconhecida.


FONTE: Fábio Góis/Redação do Congresso em Foco

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